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Roma, 26 jul (EFE).- Seis produções latino-americanas, incluindo o brasileiro 'O Afinador', ganham destaque dentro das seções paralelas da 69º edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que será realizada de 29 de agosto até 8 de setembro.
A seção 'Horizontes', que conta com seus próprios prêmios e júri e cujo cartaz foi apresentado nesta quinta-feira em Roma, é a que monopoliza o maior número de produções latino-americanas, quatro no total, sendo que apenas uma é um longa e disputa o prêmio de Melhor Filme desta mostra.
Trata-se 'Leones', uma produção entre Argentina, França e Holanda dirigida pelo cineasta Jasmim López e que traz Julia Volpato, Pablo Sigal, Macarena del Corro, Diego Vegezzi e Tomás Mackinlay no elenco.
Já em relação ao prêmio de Melhor Curta-metragem, a lista de produções latino-americanas na seção 'Horizontes', que reúne as produções cinematográficas de formatos inovadores, destaca o brasileiro 'O Afinador', de Fernando Camargo e Matheus Parizi, com Lui Seixas, Norival Rizzo e Sandra Corveloni (atriz premiada em Cannes em 2008) no elenco.
O curta mexicano 'Las Manos Limpias', de Carlos Armella e protagonizada por Sonia Couoh e Francisco Godínez, e o paraguaio 'Resistente', de Renate Costa e Salla Sorri, também estão nesta lista.
Fora da competição, mas dentro das projeções especiais, será apresentado o documentário franco-argentino 'El impenetrable', de Daniele Incalcaterra e Fausta Quattrini, enquanto a seção 'Clássicos de Veneza' exibirá o documentário mexicano 'Olhares Múltiplos', de Emilio Maillé.
Além das seções paralelas diretamente administradas pela organização do Festival de Veneza, outras produções participam da mostra dentro da chamada 'Semana Internacional da Crítica' e das 'Jornadas de Autor', as quais abrem espaços para artistas menos conhecidos.
Desta forma, o filme mexicano 'No Quiero Dormir Sola', de Natalia Beristain, competirá dentro da 'Semana Internacional da Crítica', enquanto a produção da Itália, Argentina e Paraguai 'Muta', de Lucrecia Martel, será exibida nas 'Jornadas de Autor'. EFE
De 1 a 7 de novembro o público carioca conferiu a melhor safra nacional e internacional de curtas-metragens – com direito ao premiado em Cannes O Duplo, de Juliana Rojas, e à produção recente da América Latina, como o único concorrente paraguaio na Mostra Orizzonti do Festival de Veneza 2012, Resistente, de Renate Costa e Salla Sorri – em um dos mais importantes e reconhecidos festivais de curta-metragem na América Latina, o Curta Cinema.
Na última quinta-feira, 8, o festival anunciou seus premiados. Câmera Escura, de Marcelo Pedroso, foi o vencedor da noite com o Grande Prêmio Nacional. Com isso, o filme se credencia para ser o indicado brasileiro na categoria melhor curta-metragem do Oscar 2013.
A Onda Trás, o Vento Leva, de Gabriel Mascaro, ganhou o Prêmio Especial do Júri Nacional. O prêmio de Melhor Direção Nacional ficou com Na Sua Companhia, de Marcelo Caetano. O Grande Prêmio Internacional ficou com o curta sueco Matando as Galinhas para Assustar os Macacos, de Jens Assur.
O curta O Afinador, de Fernando Camargo e Matheus Parizi, único representante brasileiro no Festival de Veneza deste ano, recebeu o prêmio Onda Curta. Esta premiação representa a aquisição de um conjunto de curtas brasileiros e/ou com coprodução brasileira que será exibido na emissora portuguesa RTP2. Com o prêmio, O Afinador poderá ser visto algumas vezes no canal português.
Em entrevista exclusiva ao CinePOP, os diretores comentaram o primeiro prêmio de O Afinador – que participava de sua terceira competição em território nacional.
“Ter recebido um prêmio por O Afinador foi ótimo. É um reconhecimento que vai fazer muito bem para esse projeto sincero que realizamos. Quando o Fernando e eu conversávamos sobre a ideia inicial dele e o argumento para o filme, sempre pensávamos em como dar vida a nosso protagonista e como desenvolver o roteiro só nos preocupando com como fazer o melhor filme possível. Era realmente uma questão de conseguir mergulhar no universo dessa personagem e fazer um filme que chegasse a essência do conflito”, disse Matheus Parizi.
“Esse sentido era um acordo primeiramente entre nós dois: fazer um filme que fosse honesto e que trouxesse à vida a sensibilidade da ideia inicial. E aos poucos encontramos um elenco, uma equipe e também muitos amigos que se sentiam da mesma forma que nós e que queriam nos ajudar a concretizar isso”, complementou Fernando Camargo.
Parizi explicou que, saber que se interessam por mostrar O Afinador para um público que às vezes não vai estar nas salas de cinema, é uma coisa importante. “Queremos nos comunicar com o público, trocar e entender como o filme é percebido por diferentes pessoas.”
Camargo ressaltou que eles estão muito contentes com o fato do filme ser visto em Portugal. “É legal não apenas pela visibilidade do trabalho ser exibido na TV, um meio que atinge um público tão numeroso, mas também porque achamos importante essa troca com outros países lusófonos.”
Matheus Parizi acrescentou que tanto ele, quanto Camargo, possuem uma ligação com o cinema português. “São tantos os cineastas portugueses que nos interessam, e a ideia de poder exibir nosso filme em um país com uma produção tão rica é genial.”
Sobre a premiação do Curta Cinema, Parizi achou consistente. “Tanto o Câmera Escura, quanto o A Onda Trás e o Na Sua Companhia - e os filmes que levaram os outros prêmios - têm muito frescor, com propostas muito interessantes.”
Para Fernando Camargo, depois de O Afinador passar pelos festivais de Londrina e Belo Horizonte, a experiência no Rio foi enriquecedora. “Foi ótimo descobrir novos filmes no Curta Cinema e assistir novamente os filmes que já conhecíamos”, concluiu.